terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A Hipocrisia do "Melhor de Todos os Tempos".

Assim que terminaram as finais de conferência da NFL, quando Peyton Manning calou os críticos com uma atuação soberba, voltaram com força total as conversas sobre quem seria o melhor quarterback de todos os tempos. Os nomes de sempre voltam à tona, o do próprio Manning, o de seu “rival” Tom Brady e o de Joe Montana são os mais falados.

Tudo bem que exista uma necessidade absurda de se “categorizar” características humanas incluindo o desempenho esportivo, mas as argumentações mostram as deficiências desta categorização e ainda mais, mostram a deficiência de argumentação daquele que deseja fazer fato o que é apenas sua opinião. Mas que fique bem claro, mesmo que as opiniões sejam unânimes sobre quem é o “melhor de todos os tempos”, esta categorização será sempre uma opinião, jamais um fato.

Outro dia cheguei a me irritar com um jornalista que na mídia Globo.com “justificou” o título de melhor tenista de todos os tempos para Federer por uma única jogada. Sem dúvida, a mais restrita e idiota argumentação para este “título” que um “especialista” esportivo já escreveu em uma mídia, pelo menos a mais idiota que eu já tenha lido. Em minha opinião.

Agora vamos aos fatos de como são hipócritas as argumentações para transformarem em fatos suas opiniões.

Frequentemente “fãs” de Tom Brady “argumentam” que ele é o melhor de todos os tempos por ter mais títulos de Superbowl que Peyton Manning. Muitos deles utilizam a mesma argumentação para “justificar” a escolha de Federer como o “melhor” também. Dentro destes mesmos esportes ignoram, por conveniência ou desconhecimento mesmo, que Joe Montana tem mais títulos de Superbowl e Ken Rosewall tem mais títulos de Slams. Alguns destes fãs que usaram desta argumentação para justificar sua “escolha” ignoram esta mesma argumentação ao considerar Senna o melhor de todos e aí acrescentam um “SE”: Se Senna não tivesse morrido na Tamburello teria mais títulos que Vettel, Prost, Fangio e até mesmo Schumacher.

Esses fãs pioram tudo quando se esquecem de que ao contrário do tênis que é um esporte individual, então os argumentos “caem” melhor, o futebol americano é um esporte coletivo e a Fórmula UM é um esporte aonde o piloto precisa de um bom carro para vencer.

Argumenta-se muito com os números para se justificar as escolhas, mas escolhem que números devem usar. Falam dos três títulos de Superbowl do Brady e esquecem os quatro, que certamente passarão a serem cinco títulos de MVP (jogador mais valioso) do Peyton Manning. Argumentam a vantagem no “confronto direto” para Brady, mas se esquecem de valorizar os jogos decisivos de títulos de conferência, o que fizeram quando levaram em consideração os títulos de Superbowl e esquecem o fato de que os dois jogadores JAMAIS se encontraram em campo ou enfrentaram um ao outro porque times de ataque não enfrentam times de ataque de seus rivais no futebol americano, somente times de defesa.

Na Fórmula Um se usa nas “argumentações” o número de vitórias e comparam épocas distintas. Eras de campeonatos de oito corridas, de doze, dezesseis e agora até mais de vinte. Percentuais são usados conforme conveniência ou o fato de terem carros “vencedores” ou não.

O pior, mas bem pior é quando os “fãs” usam o “melhor de todos os tempos” para negar o talento daqueles para quem não torce. Não é errado “achar” seu ídolo o melhor de todos os tempos, mas não queira fazer disto um fato pois é apenas uma opinião. Mas é muito errado negar o talento dos rivais de seus ídolos, como se “o fato” de não serem “o melhor” o tornassem insignificantes para o esporte. Isto torna os seus ídolos menores.

Para ficar apenas nos esportes que citei:

Eu jamais tornaria Rosewall e Nadal menores ignorando o talento e a grandeza de Laver, Federer, Djokovic, etc...

Eu jamais tornaria Peyton Manning menor ignorando o talento e a grandeza de Brady, Elway, Marino, Montana, etc...

Eu jamais tornaria Fangio menor ignorando o talento e a grandeza de Senna, Schumacher, Piquet, Lauda, etc... 

sábado, 4 de janeiro de 2014

Os números de Peyton Manning.

A história todos sabem. Manning submeteu-se a várias cirurgias no pescoço, ficou um ano parado, foi desacreditado pelos Colts e trocado por um Quarterback calouro. John Elway, ex-quarterback dos Broncos, acreditou nele e o chamou para os Broncos. Manning fez duas temporadas fantáticas sendo que na deste ano quebrou o recorde de Jardas e Touchdowns de uma temporada. Mais velho e recauchutado cirurgicamente, Peyton Manning elevou as suas estatísticas. Comparando-se seu desempenho nos Colts com o que tem nos Broncos encontra-se os seguintes números:  


Terá Peyton Manning melhorado com a idade? Será o Broncos um time melhor e portanto possibilita um desempenho fantástico tornar-se um desempenho único na história do esporte? Será a soma dos dois? 

Para mim a explicação se resume a ser Peyton Manning o maior quarterback da história do futebol americano. Este ano ganhará seu quinto MVP da temporada que já deveria ter recebido no ano passado. E será apenas mais um recorde dos tantos que Peyton já quebrou.