sábado, 21 de setembro de 2013

A Mulher Ideal.


A mulher ideal é loura, ou morena, ou ruiva. Que importa a cor do cabelo se em algum momento a mulher ideal irá tingir o cabelo?

A mulher ideal tem olhos claros ou escuros, azuis ou verdes ou castanhos. Que importa a cor dos olhos se o que procuro nela está dentro dos olhos e não do lado de fora?

A mulher ideal é caucasiana, ou latina, ou afrodescendente, ou asiática. Que importa a cor da pele se quando toco a pele dela o que sinto é ternura ou eletricidade a depender do momento?

A mulher ideal é alta, ou mediana, ou baixinha. Que importa sua altura se deitados alcanço facilmente todos os seus pontos inebriantes?

A mulher ideal tem o pescoço longo, ou médio, ou curto, mesmo que o pescoço feminino seja um lugar perfeito para se perder.

A mulher ideal é magra, ou ter o peso ideal ou ser cheinha. Que importa o peso do corpo se o que me importa é a leveza de sua alma?

A mulher ideal tem os seios pequenos, ou médios, ou grandes. Só não podem ser exageradamente enormes porque morrer sufocado não está nos meus planos.

A mulher ideal é quietinha, ou agitada, ou tímida, ou assanhada. Que importa os rótulos comportamentais se o que tem valor, para mim, é a noção de prioridades semelhantes a minha?

Se há tantas variáveis, como identificar a mulher ideal?

Ora bolas, a mulher ideal é aquela que me olha e já sabe o que penso sem precisar ler a minha mente. É aquela que pelas sombras que perpassam os meus olhos sabe que estou sorrindo sem estar feliz, ou me divertindo profundamente no meu semblante sério.

Enfim, a mulher ideal é aquela que me compreende, me conhece, me aceita como sou, mas principalmente é aquela que me ama da única forma que vale a pena, reciprocamente.




domingo, 15 de setembro de 2013

Como não amar as mulheres?



Como não amar as formas femininas?
Como não amar o jeito de andar?
Como não amar o cheiro estrogênico?
Como não amar a voz delicada?
Como não amar os cabelos compridos?
Como não amar o olhar assanhado?
Como não amar o olhar envergonhado?
Como não amar as curvas?
Como não amar as costas nuas?
Como não amar o canto de sereia?
Gostaria de encontrar o Marcos Valle,
E perguntar:
E ai? Tu aprendeste a ser só?
Eu preciso aprender a ser só.
Não sei qual é o pior vício,
Mas tenho certeza do mais dolorido,
Aquele para o qual não existe rehab:
Amar as mulheres.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A Vingança de Kimi Raikkonen.

Fiz um exercício de ficção sobre a renovação do contrato de Kimi Raikkonen com a Ferrari para os próximos dois anos.

Esta ficção começa em 2007 gerando uma série de eventos que culminaram na recente decisão da Ferrari e de Raikkonen.


Vamos a “ficção”:

Os principais motivos de Kimi Raikkonen querer voltar a Ferrari atendem pelos nomes de Fernando Alonso e Banco Santander. Quando o Banco Santander passou a patrocinar fervorosamente ao piloto Fernando Alonso, o fez conseguindo sua transferência para a McLaren em 2007. Quem saiu da McLaren para Alonso entrar? Kimi Raikkonen. Melhor para Kimi, foi para a Ferrari em 2007 e por conta do Alonso encontrar um adversário muito mais perigoso do que ele esperava, o Lewis Hamilton, eles dividiram pontos e o campeão foi justamente o Kimi. Chateado com a atenção dada pelo time inglês ao piloto inglês, Choronso saiu da McLaren após apenas um ano de contrato e escândalos de espionagem feita contra a Ferrari que beneficiaram a McLaren, com punição para a equipe inglesa e sem punição para os mais beneficiados, os pilotos Alonso e Hamilton, que SABIAM do que estava acontecendo.

Não ficaria espantado em saber que o Banco Santander tentou emplacar Alonso na Ferrari já para 2008, mas como gato escaldado tem medo de água fria, uma das imposições deve ter sido a saída do Kimi. O Santander poderia bancar a rescisão do contrato de Kimi como chegou a fazer para a temporada de 2010. Mas como a Ferrari se livraria do número 1 no carro? Esse retorno mercadológico garantia a presença de Kimi. Fernando voltaria aos braços de quem continuava sendo seu empresário, o nefasto Flávio Briatore, homem sem ética que acumulava duas funções incompatíveis, diretor de equipe de Fórmula-1 e empresário de piloto.  

Estranhamente em 2008 a Ferrari mudou, contra a vontade de seu campeão Kimi Raikkonen, toda a suspensão do carro, tornando-o incompatível com o estilo de direção do piloto finlandês. Os resultados que até então favoreciam o piloto finlandês em relação ao companheiro brasileiro Felipe Massa, piloto protegido da casa desde seu primeiro momento na F-1, sofreram a reviravolta e todos sabemos como terminou o ano de 2008.

Veio o ano de 2009, com Kimi desmotivado devido ao acontecido no ano anterior (mudança do carro que prejudicava o seu estilo de pilotagem para favorecer ao companheiro) não teve um bom desempenho dando a Ferrari o motivo que precisava para receber o caminhão de dinheiro que o Banco Santander daria a equipe para tirar Kimi Raikkonen e ter o Alonso no lugar dele. Massa era um piloto muito mais “obediente” que Kimi em relação às ordens de equipe.


No ano de 2010, Kimi Raikkonen foi se divertir no Rally com seu salário de 2010 da Fórmula-1 integralmente pago pelo Banco Santander pela Ferrari enquanto o Massa ouvia pelo rádio: “Fernando is faster than you”. Massa abriu passagem e passou a ser o Rubinho do Alonso, agradando a Ferrari no seu jeito de menino obediente. E assim foi se sustentando na equipe.

Para o azar de Massa, Choronso que achou em 2010 que em 2013 já estaria com seu quinto título, cansou de ser batido pelo Vettel e passou a reclamar da Ferrari publicamente e seguidas vezes. Um crime para a cúpula da Ferrari, que segundo dizem procurou a Shell para financiar os salários de Kimi Raikkonen e acreditem se quiserem, marcaram um encontro privado com o finlandês aonde o presidente da Ferrari pediu desculpas pelo passado e deu boas vindas a Kimi.

Um tempo atrás Kimi disse em entrevista que sua decisão poderia surpreender e que muita gente acharia que ele foi um idiota. Eu não achei. Algumas atitudes podem ser tomadas pelo orgulho, estou dizendo orgulho e não vaidade, existe uma grande diferença. Seu orgulho foi minado ao ser preterido duas vezes por imposição financeira de Banco e de outro piloto que não desejava enfrentá-lo com o mesmo carro e que agora será forçado a fazê-lo. Se vencer o oponente nas pistas dará a resposta que acredito, vindo de Kimi, seja mais para si mesmo que para os outros. Se perder dirá a si mesmo: “Fuck it” e vai se divertir no MotoCross ou Rally.

O que veremos em 2014 se estivermos vivos até lá? Não faço ideia, mas estou torcendo para uma conversa de rádio deste tipo:
Engenheiro: “Kimi, Fernando is faster than you.” Kimi: “Then, He can fight.”


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Rei do Tênis


Agora ficou óbvio demais até para os detratores. Nadal não é APENAS o Rei do saibro. É o Rei do tênis. Ninguém, absolutamente ninguém que entenda de tênis pode negar a Nadal o direito à coroa e ao manto.

Maria Ester Bueno hoje na transmissão declarou en passant: A bola do Nadal vai com muito spin e muita força, não basta rebater a bola do Nadal. Algo que venho dizendo há séculos no Twitter e em blogs de tênis.

Nadal sai de uma lesão que muitos acreditaram (e acreditem muitos torceram) que acabaria com sua carreira. Teve a humildade de voltar ao circuito jogando torneios menores, no Chile e Brasil. Testar suas possibilidades. Ganhou Roland Garros, muitos menosprezaram dizendo que ele se limitaria a vencer este torneio. Perdeu em Wimbledon, os detratores se assanharam, mas Nadal nem deve ter percebido, voltou a sua humildade, abandonou alguns torneios e treinou modificações em seu jogo para vencer em quadras duras, e como o fez, venceu todos os torneios, permaneceu invicto nesta temporada de quadra dura e fez um ESPETACULAR US Open acabando de vez com a estigma injusta de jogador de saibro. Já tinha vencido nos quatro grandes e mais o ouro olímpico, mas isso não bastava para seus detratores. Hoje, o único argumento que resta para os anti-Nadal é não gostar dele. É um direito que respeito. Qualquer argumentação além dessa é prova de imbecilidade.

Nadal tomou para si a coroa, merecida. E fez isso na temporada seguinte a uma grave lesão nos joelhos. Presença emblemática hoje foi a da Rainha Sofia, a realeza espanhola prestando seus respeitos ao Rei do Tênis.

Vida longa ao Rei.