quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Astro das Estrelas.

Há vinte e seis anos morria Cary Grant.  E o firmamento de Hollywood perdeu seu astro mais brilhante, um sol de primeira grandeza, o maior entre eles. Já escrevi aqui sobre Cary Grant. Para este post em homenagem ao grande ídolo, meu e de milhares mundo afora, vou postar algumas frases ditas por companheiras de cinema, junto com as fotos destas estrelas com o ídolo. Nenhuma foto é de minha propriedade como também, com a exceção das cenas com Audrey Hepburn, não são de cenas de filmes, mas do que acontecia em torno dos artistas.

Grace Kelly disse sobre o envelhecimento quando ela tinha 50 anos: “Todos ficam velhos, exceto Cary Grant”. Ela deve saber bem. Dizem que foram “amigos” desde que se conheceram no filme “Ladrão de Casaca” até a morte dela. Amigos e familiares de Cary Grant disseram que a morte de Grace foi a mais sentida por ele. Alguns livros tem dito que foram amantes. Porém mortos não falam. O certo é que tinham uma mútua admiração como está patente nas fotos a seguir:

OBS. Nenhuma das fotos ou Gifs me pertencem, todas foram obtidas através de pesquisa no Tumblr e não há nenhuma intenção de infringir direitos autorais. 









Ingrid Bergman uma vez comentou sobre o fato de Cary Grant ter quase rejeitado o papel em Charada por ser 25 anos mais velho que Audrey Hepburn dizendo: “Cary Grant is quite remarkable, you know. I think Audrey Hepburn is now too old for him, and in his next picture he will be making love to someone like Jane Fonda”. Ingrid Bergman também se referiu a Cary Grant como o seu mais valioso amigo. Nem precisava dizer a razão. Enquanto todos em Hollywood viraram as costas para Ingrid Bergman quando ela separou-se do marido para viver “em pecado” com Roberto Rosselini na Itália, apenas Cary Grant a apoiou publicamente dizendo que a amava e que a única coisa que importava a ele era a felicidade de Ingrid e não as convenções sociais.  










Tentaram convencer Cary Grant a fazer o Thriller “Charada” com Audrey Hepburn que tinha 25 anos a menos do que ele. Por conta desta diferença de idade ele já tinha rejeitado o papel do filme “Sabrina” que acabou indo para Humphrey Bogart. A solução foi inverter os papéis, fazer a Audrey ir atrás do Cary. O Cary aceitou e saiu o filme com o par mais elegante da história do cinema, não, melhor, da história da humanidade. Numa das cenas Audrey improvisou perguntando para ele: “Sabe o que tem de errado com você?” Cary, como de costume seguiu a cena improvisada e disse: “Não” Audrey então disse: “Nada”. O diretor achou a improvisação perfeita e a manteve no filme.

Cenas do filme:



 Fotos de bastidores:




Deborah Kerr fez-lhe um poema após sua morte:

For Cary—A few words in rhyme
To celebrate this special time
To remember what a joy it was
To work with him, and what a loss
His absence is for those of us
Who had the luck to know him
And to watch him work—
The looks, the grace, the “double take”
That no one else could ever make
The fun, the laughs that made each day
Something to look forward too, and hear him say
“Good morning, darling—how are yew?!
Perfectionist he always was
And how many “tricks” I learned!
For these and many other things
I thank thank you.







Sobre Cary Grant uma atitude tornou-o gigante aos meus olhos. Quando Charles Chaplin entrou na lista negra do McCarthismo, Cary Grant tornou-se o primeiro grande astro a criticar publicamente a perseguição feita por McCarthy. 

Voltando a amenidades, o que dizer de um homem que correndo aos cinquenta e cinco anos mantém a elegância?



Finalizando o post, se alguém me pedisse para fazer um dicionário usando apenas imagens, para a palavra elegância não há no mundo uma imagem mais elucidativa do que essa: 


terça-feira, 27 de novembro de 2012

As aposentadorias de Schumacher e Piquet.




Quando digo que não sou um fã cego de Piquet olham-me atravessado, injustamente. É com certeza o maior ídolo que tenho no automobilismo, principalmente por conta do amor que Piquet tinha/tem por carros, paixão que compartilho.

Creio que diz a favor da minha “não cegueira” o fato de não coloca-lo como o maior piloto de todos os tempos. Aliás, sempre fui crítico desta coisa de comparar épocas distintas, mas como é praticado sempre no mundo inteiro, me dou o direito de também o fazer. Na minha lista de maiores, o Senna está na frente dele. O Senna, de quem nunca fui fã. Acho que isto deve contar como isenção da idolatria no julgamento.

Sempre critiquei aqueles que diziam que o Schumacher era melhor que o Piquet e argumentavam dizendo que o alemão deu uma “surra” no Piquet quando foram companheiros de equipe. Primeiro porque era uma mentira, não houve surra nenhuma, talvez um calor, nas 6 corridas que estiveram juntos, Piquet chegou na frente do alemão quatro vezes contra duas do alemão. Piquet ainda alcançou um pódio enquanto os dois corriam juntos, o alemão não. Piquet fez mais pontos que o alemão enquanto corriam juntos. Piquet chegou nos pontos (na época até o sexto lugar) em quatro de seis, uma vez em cada de terceiro ao sexto. Schumacher chegou uma vez no quinto e duas vezes no sexto. Portanto o desempenho do Piquet foi inquestionavelmente superior. Naquele ano, 1991, Piquet conseguira vencer com a fraca Benetton e ainda subiu mais uma vez no pódio com um terceiro lugar, mas nem vou considerar isso porque foi antes do Schumacher chegar à F-1.  Para finalizar este duelo, uma informação a considerar. Piquet reconheceu que após o acidente de Ímola ficou um segundo mais lento.

Há um dito popular que diz: “Nada como um dia depois do outro”, vou estender o prazo para os anos. Nada como os anos após os outros.

O ano de 1991 foi o último do Piquet na F-1, numa equipe medíocre e no final teve os números que teve contra o alemão, 4x2 em corridas com um pódio. Vamos olhar o último ano de Schumacher, também em uma equipe medíocre contra o Rosberg.  Foram 20 corridas juntos.  Cada um chegou à frente do outro 10 vezes, porém Rosberg ganhou uma corrida e teve um segundo lugar contra apenas um terceiro lugar do Schumacher. Rosberg ficou a frente nos pontos e chegou neles (até o décimo lugar) em 10 oportunidades contra 8 do Schumacher.

Em relação ao Piquet os fãs de Schumacher podem usar todos os números que o alemão leva vantagem. Títulos, poles, pódiuns, etc. Mas não podem usar o tempo em que correram juntos, aliás não podiam em momento algum, mas agora ao fazerem isto estarão afirmando que Rosberg é melhor do que Schumacher.

Apenas para apimentar o post, vai a minha lista dos TOP 10 de todos os tempos:


1. Fangio
2. Senna
3. Clark
4. Piquet
5. Prost
6. Nuvolari (pré F-1)
7. Schumacher
8. Lauda
9. Brabham
10. Fittipaldi





sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Soneto a musa inatingível.



Em teu olhos azuis de piscina,
Uma imensa vontade de mergulhar,
Pena não estarem tão pertos, que sina.
Mas o destino cabe a mim enfrentar.

Esses olhos que de tão brincalhões,
Com travessuras safadas me fazem sonhar.
Com coragem enfrentarei todos os sermões,
Que uma alegria excessiva há de provocar.

Ao ver este corpo de curvas tão sinuosas,
Sinto a urgência do sangue nas artérias a acelerar.
O desejo de me perder no meio da sensação,

De enfrentar todas as situações perigosas.
Deixar meu corpo e minha alma adrenalizar,
 De sussurrar no seu ouvido “aquela” canção.

Galeria dos Esportes - Os ídolos.


Vou abrir no blog uma galeria de esportes. Usarei o espaço para opinar sobre o que acho de diferentes esportes, sobre os seus ídolos e principalmente dizer o que torna um esporte específico atraente ou não.

Para esta série opinativa vou começar escrevendo sobre idolatria. Não herdei muitas características de meu pai, o amor pelo esporte, no entanto, foi uma destas. Meu pai tinha ídolos no esporte, como eu também. Recordo-me com frequência de três. O maior ídolo, Arthur Friedenreich, atacante do Paulistano e São Paulo, o primeiro grande ídolo do futebol brasileiro e diz a lenda que marcou mais gols que o Pelé. Meu pai que o viu jogar, assim como também a Pelé, sempre me disse que Friedenreich era melhor que o “rei do futebol” e que este título deveria pertencer ao atacante paulista.

                                              Friedenreich

Outro ídolo foi o atacante Perácio, do Botafogo e Flamengo. Meu pai me contou a “estória”. Com “e” porque apesar de já ter lido em vários lugares, entre eles na Discovery Esportes, não consigo acreditar. Parece enredo de filme. Meu pai dizia que Perácio tinha o chute mais potente do futebol, mais forte que o de Rivelino, que era o jogador que eu conhecia com o chute mais forte. A estória é a seguinte: Perácio foi cobrar um pênalti contra o seu irmão, goleiro do time adversário. Temendo por seu irmão já que seu chute era capaz de machucar os adversários quando os atingia, pediu ao irmão que escolhesse algum canto porque ele chutaria no meio. O irmão olhou para Perácio e nada disse. Perácio fez o que prometeu e chutou no meio. O irmão não se deslocou e encaixou a bola no peito, para então cair morto. Outro acontecimento que faz parte dos anais esportivos ocorreu quando Perácio ao chutar um foguete contra o goleiro tcheco Planicka. O guarda-metas ao tentar defender teve seu corpo jogado contra a trave com tal violência que quebrou o braço e a clavícula.

                                                 Perácio 

O terceiro ídolo era o Babe Ruth, segundo muitos especialistas no esporte o maior jogador deste esporte em todos os tempos, tinha números fantásticos tanto como lançador como rebatedor, talvez o único na história deste esporte. Seus recordes no bastão o fizeram o profissional (em qualquer área, esportiva ou não) mais bem pago, o que lhe valeu o apelido de “Sultão do Bastão”. Apesar de seu extraordinário talento esportivo, quando criança estranhei o fato dele ser ídolo do meu pai. Quando perguntei a ele porque tinha como ídolo um jogador de um esporte desconhecido no Brasil, esporte que ele nem conhecia as regras, a resposta foi bem simples, ele era fã não devido as qualidades esportivas do Babe Ruth, mas humanas. Contou-me várias histórias, entre elas a bem famosa e retratada em filme, que ele visitava crianças doentes no Hospital porque sua visita estimulava as crianças positivamente melhorando o quadro geral delas. Contou da promessa que Babe Ruth fez a uma criança de fazer 3 ou 4 Home-runs (o momento máximo no baseball) em um único jogo, algo jamais feito. Babe Ruth conseguiu o feito e o milagre da cura do menino.

                                              Babe Ruth

Os 3 ídolos do meu pai serviram de modelos para a escolhas de meus ídolos, logicamente que os três estão incluídos no meu rol. E as escolhas de meu pai me ensinaram bastante. Friedenreich me ensinou a respeitar o talento de um atleta completo na sua função. Perácio a admirar uma peculiaridade esportiva, desde que a achasse interessante, não é todo fundamento bem executado que me leva a admiração. Por exemplo, não admiro os exímios sacadores no tênis, exijo bem mais. E Babe Ruth acrescentou a qualidade mais fundamental delas. Não basta ser um atleta extraordinário, tem que ser um ser humano de qualidades admiráveis. Exemplo principal, Pelé não é um dos meus ídolos. Gerson, Tostão e Rivelino são.




segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Kimi Raikkonen inspira.

Na Fórmula-1 a presença de Kimi Raikkonen é inspiradora e não apenas para seus fãs. Que vitória de outro piloto inspiraria tantas reações bem humoradas quanto a de Kimi ontem?

Pilotos fizeram questão de mostrar sua felicidade pela vitória do colega.

Vettel teve três motivos para comemorar, ter chegado ao pódio após largar em último, o Alonso não ter vencido e a vitória do Kimi. E demonstrou isso:


Seu compatriota Kovalainen tinha apenas um motivo: A vitória do Kimi:


Suas corridas sempre inspiram caricaturas desenhadas por alguém do time Lotus, ontem inspirou outras, dentre elas estas duas:



Suas respostas secas pelo rádio, são a alegria dos politicamente incorretos, ou seja, daqueles que não são chatos por natureza. Ontem inspirou várias montagens, entre elas:



Até mesmo eu, fiz uma montagem comemorativa da vitória dele ontem:


Para inspirar tantas reações bem-humoradas, não basta ser talentoso, e Kimi o é. Tem que ter uma personalidade engraçada e inspiradora. Na Fórmula-1 atual, apenas o Kimi junta estas duas características.

domingo, 4 de novembro de 2012

A Volta de Dois Gigantes




Hoje foi um dia especialíssimo na Fórmula-1. Um piloto que passou dois anos fora, retorna em um carro que jamais conseguiu ser melhor que as Red Bulls, MacLarens e Ferraris. E vence um grande Prêmio. Depois de vinte e cinco anos a Lotus volta a vencer, mas o fez exclusivamente por conta de seu piloto Kimi Raikkonen que em minha opinião é o melhor entre todos os atuais. Opinião de fã, é claro. E sou fã do finlandês porque vejo apenas nele o que havia de sobra nos pilotos da era de ouro da Fórmula-1, a honestidade politicamente incorreta.
De qualquer jeito, a Lotus voltou a vencer. Esta equipe que já abrigou talentos como os de Jim Clark, Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna (todos os gigantes brasileiros estiveram nela), agora abriga o talento de Kimi Raikkonen. Infelizmente não deu um carro a altura aos dois últimos campeões que passaram por ela, Piquet e Raikonnen, mas ainda assim a Lotus é de boa memória para nós brasileiros, principalmente pintada de cor preta, quando fez de Emerson campeão e de Ayrton um vencedor de GPs de Fórmula-1.
Voltando a Kimi, hoje, ao receber pelo rádio o pedido do engenheiro de esquentar os pneus dianteiros respondeu secamente: “Já estou fazendo, não precisa me pedir”. Outro dia, perguntado por um repórter, depois de um dia com resultado abaixo do que esperava sobre qual o pior momento daquele dia, não hesitou em responder: “Este”. É o Nelson Piquet sem o humor excessivo do brasileiro e igualmente talentoso.
Durante este ano fui lendo muita coisa sobre o Raikkonen, achei um blog divertido de Fórmula-1 justamente por ser tendencioso, afinal é um blog feito por fãs, meninas divertidas, mesmo a fã brasileira número 1 de Fernando Alonso, piloto que não suporto. Entre estas meninas, há uma fã de Kimi Raikkonen, de nome Ludy, que me proporcionou as mais divertidas leituras dentro do esporte este ano.
Depois destas leituras em diversos blogs de Fórmula-1 minha admiração por Kimi Raikkonen foi crescendo de forma exponencial, a tal ponto que sendo um piloto ausente na minha lista de personalidades favoritas da Fórmula publicada meses atrás, entrou na lista para assumir a liderança.
Quem dera o esporte fosse tomado por personalidades como a de Raikkonen, aliás, não apenas o esporte, mas a humanidade, afinal uma das piores características do ser humano, uma que não suporto, este finlandês não possui, a hipocrisia.
O Atual Ranking de personalidades favoritas da Fórmula-1:
Pos
Pilotos
1
Nelson Piquet
2
Kimi Raikkonen
3
Juan Manuel Fangio
4
Jim Clark
5
Wolfgang Von Trips
6
Tazio Nuvolari
7
Jack Brabham
8
Alberto Ascari
9
Giles Villeneuve
10
Chico Landi
  

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Kimi e o contrato anual.




Kimi Raikkonen acertou com a Lotus por um ano. Quer contratos anuais. Aprendeu que não pode confiar em equipes de Fórmula-1 depois que foi esfaqueado pelas costas pela Ferrari. A Ferrari preferiu dispensá-lo pagando o salário a tê-lo como rival de Alonso na própria equipe. Por quê? Perguntem ao Banco Santander que literalmente “bancou” a ida do Espanhol para a equipe das ordens pelo rádio e justamente por conta destas ordens. Não adiantaria nada perguntar ao Alonso, afinal, ele nunca sabe de nada que acontece nos bastidores, mesmo sobre as tramas que visam beneficiá-lo (caso da batida de Cingapura, também da demissão de Nelsinho que encostava nos seus tempos com um carro pior).

A permanência do Massa no lugar do Raikkonen nada teve a ver com o grande mercado que o Brasil representa para os Bancos, uma vez que são tão beneficiados pelo governo brasileiro com taxas de juros maiores que os agiotas dos tempos da inflação. A Ferrari e o Banco Santander simplesmente sabiam que Kimi Raikkonen não aceitaria um “Alonso está mais rápido que você. Confirme se entendeu?” tão mansamente quanto o Massa. É do tipo que responderia: “Ora, se ele está mais rápido, que tente passar.”  

É por estas e outras que prefiro torcer pelo estrangeiro Kimi Raikkonen a torcer por um brasileiro do tipo Massa ou Barrichello.

Que em 2013 a Lotus consiga fazer um carro digno do piloto que tem.