quinta-feira, 28 de junho de 2012

Olhos




Olhares são tudo.
Os olhos possibilitam a visão do que se ama.
Os olhos entregam sentimentos.
Pelos olhos sabemos como estás,
Feliz, radiante, excitada,
Triste, chorosa, deprimida,
Distante, indiferente, vazia,
Iluminada, divertida, sublime.
Quero diante de mim olhos,
Olhos que me digam:
“Eu te adoro”
“Eu te desejo”
“Eu te amo”
Quero olhos nos quais eu me perca,
Por momentos.
Quero olhos nos quais eu me encontre,
Para sempre.

sábado, 16 de junho de 2012

Eterno Amor



Ainda hoje chorei.
Chorei. Não por tristeza,
mas porque ainda a amo,
porque sempre a amarei,
sempre hei de ver sua beleza,
sempre lembrarei do crisântemo,
amarelo, como seu sorriso;
após cada outra grosseria.

Lembro-te em todo cabelo comprido,
Ao toque, liso como a seda.
Que colocado gentilmente ao lado,
Revelava as belas linhas de teu pescoço.
Lembro-te em todo caminhar feminino.
Em cada casal em sorveteria.
Em todo olhar de criança
à procura de sua felicidade.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Galeria de Ídolos – Nadal.




Ele não é o meu ídolo pelas sete conquistas de Roland Garros. Nem por ter 11 títulos de Grand Slam. Nem por possuir o Career Grand Slam (ser campeão dos 4 maiores torneios) ou até mesmo ser campeão olímpico. Enfim, não é meu ídolo por suas vitórias e sim por suas derrotas.

De todos os atletas que vi em todos os esportes, Nadal é aquele que mais aprende com as suas derrotas, aquele que estuda o que o levou a perder para tornar a vencer.

Nadal é meu ídolo simplesmente por que “estuda” o seu esporte como ninguém. Só outro atleta estuda tanto quanto ele, Peyton Manning, quarterback do futebol americano. Não vejo, ou apenas não sei, de outro.

Nadal é meu ídolo por ser um estudioso da ciência tênis que vem acumulando pós-graduação em todos os tipos de piso. Ele sabe que para manter-se a frente da ciência é preciso estudar sempre. Vence cada dificuldade surgida com mais um pós-doc.

Não vou escrever aqui sobre as qualidades do ser humano Rafael Nadal, como humildade e etc. Vou me restringir à área esportiva. E nesta área só tem uma coisa a ser dita:

Nadal é um gênio (no sentido de atleta pensante) do esporte, hoje, com certeza, o maior deles.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Sharapova – A grande conquista.




Nesta quinta-feira, Maria Sharapova voltou a reinar entre as tenistas. Assumiu, com todo o merecimento, o número 1 do ranking da WTA. Uma grande conquista, mas não a maior concretizada nesta quinta.

Maria sofreu no ano de 2008 uma lesão séria no ombro. Já tinha obtido enormes vitórias no circuito, vencido torneios de grand slam e assumido a posição de número 1. Podia se aposentar como tenista e perseguir uma carreira de modelo. Anna Kournikova já obtivera um relativo sucesso como modelo antes dela e sem dúvidas Sharapova teria um sucesso maior devido à imensa legião de fãs que possui.

Este pensamento pode até ter cruzado a mente da russa, mas nele não ficou. Recuperou-se da lesão. Por causa dela teve que mudar o estilo de seu saque e voltou ao jogo. Derrotas aonde antes vinham fáceis vitórias alegrou um grande grupo de pessoas, conhecido como “Sharapova’s haters”.  

Porém, aqueles que amam o esporte, mais do que os ídolos, juntamente com os fãs da russa podiam perceber em cada derrota uma evolução. O olhar de dor substituído pelo olhar de guerreira matadora. Uma comemoração mais a seu estilo neste ou aquele ponto, cada vez mais frequente.

Voltando ao grupo denominado “Sharapova’s haters”, imensamente menor que a legião de fãs da loura cabeçuda (uma homenagem ao fã número um da Maria, George). Este grupo, como o nome já diz, existe na posse de um sentimento pobre que é o ódio. No entanto, já diz o ditado: Alegria de pobre dura pouco. E aqui vem a relatividade do tempo, esta “alegria” durou pouco para os “haters”, enquanto a “tristeza” durou muito para os “lovers”.

Sabendo da força de vontade desta menina russa, revendo na TV alguns momentos da sua vitória hoje me vem à mente a música de Ivan Lins: “Com força e com vontade, a felicidade, há de se espalhar com toda intensidade”.

Definitivamente foi a vitória da força de vontade, no entanto, a grande conquista da Maria Sharapova com esta vitória não foi retornar ao seu posto de direito, o de Rainha da WTA. Foi sim, a vitória sobre o descrédito de muitos, “haters” ou não, de que a Sharapova ainda teria momentos de grandeza pelo qual o seu talento a fez merecedora.

Dementieva: Uma Deusa e suas escolhas insensatas.




É muito fácil “falar” depois dos acontecimentos. No entanto, neste assunto, eu venho “falando” desde o momento em que a Deusa Elena Dementieva resolveu aposentar-se do tênis. Escolheu um péssimo momento.  O momento em que poderia ter deixado de ser a melhor tenista a não ter vencido um torneio de Grand Slam. Hoje ela seria, tenho certeza, não apenas campeã olímpica defendendo seu título, mas campeã de alguns (isto mesmo, no plural) torneios de Grand Slam.

No ano de 2010 após passar toda uma carreira com um saque deficiente, melhorou o seu serviço para no final do ano aposentar-se em um WTA Championship. Entre as melhores. Mesmo com problemas de lesões. E estas poderiam ser tratadas a tempo dos torneios de Grand Slam do meio do ano de 2011.

Vejamos, a campeã de Roland Garros em 2011 foi a Na Li, no H2H com Dementieva, a Elena vence por 3x1. A campeã de Wimbledon foi a Petra Kvitova, que só jogou uma vez contra a Elena e perdeu. A Campeã do US Open foi a Sam Stosur, no H2H a Elena tinha 5x2 a seu favor. E a campeã  do AUS Open de 2012 foi a Azarenka que perdia para a Elena no H2H por 3x1.

Não estou dizendo que por causa do H2H a Elena seria a campeã. Assim a Serena teria vencido tudo. Mas tendo um retrospecto favorável contra todas as últimas vencedoras de Grand Slam e com a melhora de seu saque, as possibilidades de ganhar mais de um destes torneios era real. Porém, por ser passado, esta  possibilidade ficará gravada na categoria do “SE” que é o pior lugar para se estar.

Independentemente desta possibilidade de vencer alguns destes torneios, a decisão de se aposentar juntou-se a outras decisões erradas na carreira de tenista tomadas pela Deusa Elena.

As principais foram duas. Logo após as derrotas nas finais de Roland Garros e do US Open de 2004 ficou claro para todo mundo que Elena deveria trabalhar o seu serviço e a sua característica psicológica de aceitar facilmente uma derrota em decisão.

Era notória a necessidade de um trabalho psicológico que nunca foi feito. Ela não precisaria mudar seu jeito de ser, que conquistou uma legião de fãs, até mesmo entre suas adversárias. Mas o seu comportamento em quadra. Um pouco da agressividade da Maria Sharapova e da Ana Ivanovich dentro da quadra só faria bem a “tenista” Elena.

Em 2008 teve o próprio exemplo nas Olimpíadas, quando entrou com a mentalidade vencedora e levou a medalha de ouro vencendo nas quartas a grande favorita ao título de campeã olímpica, Serena Williams.

No título olímpico mostrou que tendo vontade venceria o mundo. Por quê não manteve esta vontade nos torneios de Grand Slam? Acho que jamais saberemos.

Quanto ao serviço, no último ano mostrou um progresso para logo depois aposentar-se. Ora bolas, a Dementieva não é apenas a mais graciosa, educada, gentil, elegante, charmosa e bela mulher que surgiu nas quadras de tênis. É certamente a mais misteriosa de todas.

Ainda há tempo de voltar, vejo adversárias a altura, mas nenhuma superior. Mas existem pessoas que não percebem o bonde da história passar, nem com todo o barulho que eles fazem.

Elena, minha Deusa, ouça o bonde gritando: VOLTE ÀS QUADRAS, VOLTE ÀS QUADRAS, VOLTE ÀS QUADRAS.